quarta-feira, 4 de março de 2009

Nirvana - Nevermind


Logo que Kurt Cobain iniciou os acordes da então desconhecida "Smells Like Teen Spirit" no dia 17 de abril de 1991 em um hotel em Seattle, o rock'n'roll jamais seria o mesmo.

produção


Aclamado pela crítica, Nevermind pode ser considerado o toque inicial da invasão do alternativo ao maistream. O produtor Butch Vig, conseguiu organizar a banda. Utilizando duplos vocais, fortaleceu o ponto mais forte da banda: a voz de Kurt. A bateria, sua especialidade, também foi perfeitamente gravada, dando força e energia as canções.

banda

A entrada do empolgante Dave Grohl, que veio para tapar uma dificuldade da banda de encontrar bateristas, deu poder ao som da banda. Chris Novoselic, que nunca foi um diferencial, foi outra peça importante, já que sem ele, o Nirvana dificilmente teria feito um caminho tão seguro no meio musical. E para finalizar, Kurt Cobain, com seus riffs contagiosamente simples, porém com letras poderosas, que conseguiram atingir um grande número de fãs, agora sim prontos para uma revolução.

álbum


A capa nos mostra o já cedo desejo pelo dinheiro, este que aparenta tentar nos salvar da grande maioria de situações. O próprio dinheiro e fama que iriam acabar com essa grande banda.
"Smells Like Teen Spirit", o hino da geração 90, é o passaporte inicial para aqueles próximos melhores 42 minutos de sua vida. Ela possui o riff, a batida, a melancolia, o grito e principalmente a raiva. Raiva descontada em uma mocidade aparentemente perdida, mas que soube reconhecer um gênio na hora que ele se apresentou ao público.
Logo em seguida, "In Bloom" consegue manter o nível de boa música, apresentando na hora mais importante do rock, um solo totalmente barulhento, quebrando todas as regras e dizendo: isso é o grunge!
"Come as you are" mantém a eterna lei da música baladinha número 3. Porém, não pode ser descartada de ser ouvida, já que possui um letra pesada, que remete as dificuldades de aceitação em uma sociedade já formada.
A paulera corre solta no cd. "Breed" e a anti-maxista "Territorial Pissings" são prova de que a banda não deixa tijolo por tijolo em seus shows. Você, com certeza, terá vontade de destruir tudo por alguns minutos.
Agora calma. A música 5 é "Lithium". Respire fundo antes de ouvir uma das melhores músicas da história. Um leve toque deprimido te atingirá nos versos, porém o próprio refrão te dirá o que fazer: "Eu gosto disso, e sei que não vou enlouquecer!"
A calma música "Polly" aparenta ser a pausa para você descansar antes de terminar de ouvir o cd. Mas logo você verá o quanto sombria essa música pode ser, passando-nos a visão de um estuprador.
O que seria o lado B do álbum continua de forma perfeitamente boa. Ouça todas na ordem: "Territorial Pissings" (já citada), "Drain You", "Lounge Act", "Stay Away" e "On a Plain".
Até que você escutará um som vindo de um violão levemente desafinado de 5 cordas. Sim, e desda forma que Kurt finaliza a obra-prima do Nirvana. Sua voz em "Something in the Way" é apenas um sussurro leve e triste. Um coringa que ele guardava antes mesmo do início das gravações.

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